reaproveitamento de residuos                    
       
14 Janeiro
8 min de leitura

Conheça os métodos mais utilizados no reaproveitamento de resíduos

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O reaproveitamento dos resíduos sólidos é uma realidade cada vez mais praticada pela população e empresas, a fim de evitar seu acúmulo ... Saiba mais!
Conheça os métodos mais utilizados no reaproveitamento de resíduos

O reaproveitamento dos resíduos sólidos é uma realidade cada vez mais praticada pela população e empresas, a fim de evitar seu acúmulo no meio ambiente e dá uma destinação ambientalmente correta. É uma necessidade para manter a qualidade dos ecossistemas e de vida das pessoas nos centros urbanos. Os métodos de reaproveitamento de resíduos mais comuns são a reciclagem, compostagem e biodigestão. Neste artigo apontaremos os métodos mais utilizados para o reaproveitamento dos resíduos. Confira!

Para que os resíduos possam ser reutilizados, estes devem ser classificados e caracterizados de acordo com suas características. Assim, o seu reaproveitamento irá permitir uma reutilização sem perda significativa da sua qualidade inicial, conforme determina a Lei 12.305/2010, Política Nacional dos Resíduos Sólidos.

A finalidade do reaproveitamento dos resíduos sólidos é a de prolongar a sua vida útil. Para isso esses produtos devem possuir uma indicação de quantos ciclos de produção podem passar sem afetar suas características principais.

Veja abaixo o que abordaremos neste artigo:

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Vejamos os tipos de resíduos

Antes de conhecemos os métodos mais utilizados no reaproveitamento de resíduos, vamos conhecer os tipos de resíduos de acordo com a classificação da Política Nacional de Resíduos Sólidos.

Para os efeitos da PNRS, os resíduos sólidos têm a seguinte classificação:

I - quanto à origem:

a) resíduos domiciliares: os originários de atividades domésticas em residências urbanas;

b) resíduos de limpeza urbana: os originários da varrição, limpeza de logradouros e vias públicas e outros serviços de limpeza urbana;

c) resíduos sólidos urbanos: resíduos domiciliares e de limpeza urbana;

d) resíduos de estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços: os gerados nessas atividades, exceto os resíduos de limpeza urbana, de serviços públicos de saneamento básico, de serviços de saúde, de construção civil e de serviços de transportes;

e) resíduos dos serviços públicos de saneamento básico: os gerados nessas atividades, exceto os resíduos sólidos urbanos;

f) resíduos industriais: os gerados nos processos produtivos e instalações industriais;

g) resíduos de serviços de saúde: os gerados nos serviços de saúde, conforme definido em regulamento ou em normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama e do SNVS;

h) resíduos da construção civil: os gerados nas construções, reformas, reparos e demolições de obras de construção civil, incluídos os resultantes da preparação e escavação de terrenos para obras civis;

i) resíduos agrossilvopastoris: os gerados nas atividades agropecuárias e silviculturais, incluídos os relacionados a insumos utilizados nessas atividades;

j) resíduos de serviços de transportes: os originários de portos, aeroportos, terminais alfandegários, rodoviários e ferroviários e passagens de fronteira;

k) resíduos de mineração: os gerados na atividade de pesquisa, extração ou beneficiamento de minérios;

II - quanto à periculosidade:

a) resíduos perigosos: aqueles que, em razão de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade, patogenicidade, carcinogenicidade, teratogenicidade e mutagenicidade, apresentam significativo risco à saúde pública ou à qualidade ambiental, de acordo com lei, regulamento ou norma técnica;

b) resíduos não perigosos.

Sabe-se que alguns materiais são muito nocivos para o meio ambiente, devido ao seu tempo de decomposição e características. Para isso, a coleta seletiva é essencial para separar os resíduos sólidos. Dentre alguns resíduos que merecem atenção especial citamos as pilhas e baterias, compostos por produtos químicos tóxicos e contaminantes para a água e o solo.

A maioria dos resíduos podem ser reaproveitados, inclusive o orgânico, podendo ser utilizado na compostagem de adubos e fertilizantes. Os que não possuem tecnologia que permite seu reaproveitamento deve sofre a disposição ambientalmente correta.

Conheça os métodos de reaproveitamento de resíduos mais utilizados

Conheça os métodos de reaproveitamento de resíduos mais utilizados

A seguir apresentaremos os métodos de reaproveitamento de resíduos mais utilizados. Acompanhe!

Biodigestão

O biodigestor é um equipamento utilizado para acelerar o processo de decomposição da matéria orgânica através da ausência de oxigênio. Esse processo é denominado biodigestão.

As vantagens da biodigestão através do equipamento são: o reaproveitamento do resíduo orgânico, a produção de fertilizantes e biogás. Há também desvantagens, como: custo de investimento inicial e manutenção e variabilidade da produção de biogás.

No processo de biodigestão em um biodigestor são formados dois subprodutos, o biogás e o biofertilizante. O biogás é composto gasoso formado por dióxido de carbono e metano.

Este biogás é uma fonte de energia renovável que pode ser usada para a geração de energia elétrica e de energia térmica.

O biofertilizante é uma biomassa sob a forma líquida, rica em húmus e nutrientes. Esse biofertilizante é um excelente adubo natural que melhora a qualidade e produtividade do solo.

Desenvolvimento de novos produtos

Existem inúmeros resíduos que podem ser transformados em novos produtos ou que podem servir de matéria-prima para indústrias.

Um exemplo disso são as sucatas metálicas, que muitas são reaproveitados como matéria prima substituindo a matéria prima “in natura”.

Os resíduos chamados de sucata são aqueles originários de processos de fabricação ou acabamento de produtos. São todas as sobras provenientes de diferentes setores produtivos, como a indústria automobilística, siderúrgica, naval e de construção civil. Há, também, a sucata obsolescência que engloba produtos que perderam sua vida útil, como máquinas, fogões e geladeiras.

Ao contrário do que pode se pensar, as sucatas são materiais que têm potencial de transformação e podem ser a base de um empreendimento.

Compostagem

A compostagem é um processo biológico de reciclagem da matéria orgânica, sendo de diferentes origens: urbana, doméstica, varrição, industrial, agrícola. É um processo natural onde os micro-organismos são responsáveis pela degradação da matéria orgânica.

O produto gerado a partir desse processo de degradação recebe o nome de composto orgânico, que é um material estável, rico em substâncias húmicas e nutrientes minerais, que pode ser utilizado em hortas, jardins e para fins agrícolas, como adubo orgânico, devolvendo à terra os nutrientes de que necessita, e evitando o uso de fertilizantes sintéticos.

Reciclagem

A reciclagem é o processo de transformação dos materiais que podem voltar para o seu estado original ou se transformar em outro produto.

A reciclagem é ideal para os outros tipos de resíduos e resulta no reaproveitamento das sobras. É uma técnica que consiste na mudança do estado físico, físico-químico ou biológico do resíduo, de modo a atribuir características para que ele se torne novamente matéria-prima ou produto.

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Alguns exemplos do reaproveitamento de resíduos

Um bom exemplo de produtos que podem ser reutilizados são as embalagens de plástico e vidro. As garrafas plásticas podem ser reprocessadas várias vezes. E as garrafas de vidros tem vida útil em torno de 1 ano ou 25 lavagens.

As pilhas e baterias em décadas passadas só geravam resíduos. Hoje em dia, tem-se as pilhas recarregáveis, e também todo o processo para reciclagem dos componentes das pilhas e baterias.

Os resíduos da construção civil podem ser facilmente reutilizados com o mesmo objetivo do material original, só precisam ser triados. Alguns empreendedores encontraram rentabilidade nessa modalidade de empreendimento e estão tendo alta rentabilidade financeira.

Vejamos também os resíduos que são gerados em grandes quantidades:

Papéis

Todos os tipos são recicláveis, inclusive caixas do tipo longa-vida e de papelão. Não se deve reciclar papel com material orgânico, como caixas de pizza cheias de gordura, pontas de cigarro, fitas adesivas, fotografias, papéis sanitários e papel-carbono.

Plásticos

Em torno de 90% do lixo produzido no mundo são à base de plástico. Por isso, esse material merece uma atenção especial. Deve-se reciclar: sacos de supermercados, garrafas de refrigerante (pet), tampinhas.

Vidros

Quando limpos e secos, todos são recicláveis, exceto lâmpadas, cristais, espelhos, vidros de automóveis ou temperados, cerâmica e porcelana.

Metais

Além de todos os tipos de latas de alumínio, é possível reciclar tampinhas, pregos e parafusos. Atenção: clipes, grampos, canos e esponjas de aço devem ficar de fora.

Isopor

Ao contrário do que muita gente pensa, o isopor é reciclável. No entanto, esse processo não é economicamente viável. Por isso, é importante usar o isopor de diversas formas e evitar ao máximo o seu desperdício. Quando tiver que jogar fora, coloque na lata de plásticos. Algumas empresas transformam em matéria-prima para blocos de construção civil.

Não podemos esquecer-nos do aspecto social dos reaproveitamentos dos resíduos, podendo gerar emprego e renda para catadores de materiais recicláveis.

Resíduos como garrafas de bebidas, latinhas, geram dinheiro ao serem devolvidas no comércio. Em algumas cidades, como Belo Horizonte, tem a Associação do Catadores de papel, papelão e materiais reaproveitáveis (ASMARE).

A VG Resíduos também tem uma ferramenta que direciona para transportadores e tratadores, através do canal criado especificamente para geração de oportunidade de negócios.

Resíduo reaproveitado é lucro!

Resíduo reaproveitado é lucro!

Todos os resíduos tem em comum o mesmo objetivo: o reaproveitamento de materiais e transformação em produtos que irão retornar para a sociedade, reduzindo a necessidade de produção e extração de recursos naturais.

Os métodos que tem como objetivo reduzir a geração de resíduos sólidos partem do princípio que a redução do consumo de materiais é a forma mais eficiente de alcançar o objetivo de redução dos resíduos sólidos.

Quando o consumo for inevitável, deve-se considerar o impacto envolvido na produção do que está sendo consumido e qual a melhor forma de reaproveitamento. Vejamos algumas sugestões para reaproveitar o resíduo a fim de combater o desperdício:

  1. Papeis usados podem se transformar em blocos de rascunhos;
  2. Garrafas de água podem ser reaproveitados, bastando apenas serem lavados;
  3. Madeiras podem ser reaproveitadas para serem utilizadas com móveis ou até mesmo objeto de decoração;
  4. Pneus podem ser utilizados em estacionamentos para evitar colisão com paredes, ou até mesmo como móveis.

A ISO 14001, focada na gestão ambiental, traz soluções para manter empresa dentro das legislações referentes ao campo de atuação da empresa, oferecendo um eficiente Sistema de Gestão Ambiental, e consequentemente a Gestão dos Resíduos Sólidos.

Sendo assim, os métodos de reaproveitamento dos resíduos sólidos serve para prolongar sua vida útil. Para serem reutilizados, os resíduos devem ser classificados de acordo com suas características, evitando perda significativa da sua qualidade inicial. Logo, esses produtos devem possuir uma indicação de quantos ciclos de produção podem passar sem afetar suas características principais. Como se percebe, essa é uma grande necessidade atual, em razão da preocupação mundial para se manter a qualidade dos ecossistemas e das pessoas nos centros urbanos.

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