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27 Janeiro
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Tecnologia e inovação no tratamento de resíduos: Preparado para o futuro?

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O uso de tecnologias inovadoras no tratamento de resíduos reduz a geração e o descarte de resíduos em aterros, diminui os ... Saiba mais!
Tecnologia e inovação no tratamento de resíduos: Preparado para o futuro?

Como a tecnologia e inovação no tratamento de resíduos podem trazer benefícios para as empresas? O uso de tecnologias inovadoras no tratamento de resíduos reduz a geração e o descarte de resíduos em aterros, diminui os riscos de contaminação, reduz os impactos ambientais, aumenta a participação das empresas no mercado, principalmente na venda de resíduos, etc.. Neste artigo apontaremos as tecnologias e inovações no tratamento de resíduos. Confira!

Atualmente os resíduos sólidos são a parte indesejável de toda cadeia da produtividade. Mas como seria se, em vez de indesejáveis, os resíduos fossem absolutamente necessários para outros processos?

Não estamos falando simplesmente de reciclagem, mas de reaproveitamento com alta tecnologia.

Veja abaixo o que abordaremos neste artigo:

Novas diretrizes para emisssão do MTR online baseado na portaria 280 do MMA / Sinir

Importância do tratamento de resíduos

Uma fase importantíssima e complexa da gestão de resíduos é a do tratamento, por isso muitas empresas optam por terceirizá-la.

As empresas especializadas no tratamento de resíduos são as responsáveis por receber e manejar adequadamente as sobras geradas nos diferentes setores. É um trabalho que exige o cumprimento de uma série de requisitos, pois muitos resíduos são danosos, com altas concentrações de poluentes, que representam riscos à saúde das pessoas e ao meio ambiente.

Cumprir as leis ambientais, além de ser fator determinante para o sucesso do negócio, traz credibilidade tanto para a tratadora quanto para o gerador. E, também, determina um bom posicionamento no mercado, justamento porque muitos optam por comprarem de empresas sustentáveis. No entanto, para alcançar uma boa reputação, deve-se atentar para outros aspectos, que incluem, por exemplo, investimento nas técnicas de tratamento.

Em seu artigo 9º, a Lei 12.305/2010, da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), afirma que as empresas tratadoras precisam comprovar sua viabilidade técnica e ambiental. Devem, também, implantar programa de monitoramento de emissão de gases tóxicos aprovado pelo órgão ambiental.

Se houver descumprimento das exigências legais referente ao tratamento de resíduos a organização pode ser punida, sendo enquadrada, por exemplo, na Lei de Crimes Ambientais. As autuações podem variar de R$ 500,00 a R$ 2 milhões e mais pena de reclusão de 1 a 4 anos se o crime for com intenção e de detenção de 6 meses a 1 ano se o crime for sem intenção.

Tecnologia e inovação no tratamento de resíduos

TTecnologia e inovação no tratamento de resíduos

A aplicação de tecnologias e inovação no tratamento de resíduos vem se mostrando uma excelente oportunidade para promover mudanças, principalmente na conscientização social.

Acompanhe o que algumas mentes brilhantes têm pensando para nosso futuro:

“Lixo” e perfume combinam?

Em um primeiro momento, a ideia de fazer produtos cheirosos com insumos que vêm daquilo que é considerado “lixo”, não parece boa. Não é mesmo? Mas com a tecnologia certa. Por que não?

Uma Startup americana promete transformar sobras de madeira em um tipo de açúcar que pode substituir o petróleo na fabricação de combustíveis, plásticos e embalagens, ou químicos de alto valor agregado, como os usados em perfumes.

O processo usa água em alta pressão e temperatura para dissolver a celulose presente em materiais orgânicos. O açúcar que resultante é fermentada para produzir etanol e outros químicos.

A iniciativa que começou com sobras de madeira, hoje prossegue as pesquisas procurando ampliar a sua técnica para resíduos urbanos como papel, papelão e entulhos.

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Couro de vinho?

O “Wineleather” é uma espécie de “couro vegetal”. E é uma proposta inovadora para a produção de revestimentos, com a utilização de subprodutos do vinho.

Esse “couro ecológico” é produzido por compostos de fibras e óleos contidos no bagaço da uva: “peles”, sementes e caule. Com essa técnica qualquer um pode revestir seu sofá, por exemplo, com resíduos do seu vinho favorito.

Desde 2014 vários centros de pesquisa especializados italianos vêm realizando pesquisas para encontrar as físicas e mecânicas de várias fibras vegetais, para aproveitar aquilo que seria considerado apenas resíduo do processo de fabricação do vinho.

Segundo os cientistas que desenvolveram a técnica, outra vantagem do método é que não utiliza água, ácido ou metais pesados. Além, é claro, de ser livre de qualquer sofrimento animal.

Lixotanol?

Uma empresa americana de bioenergia tem buscado uma solução interessante para o lixo urbano. Ela promete produzir etanol, utilizável como biocombustível, por meio do processamento do lixo urbano.

Com o processo, a empresa não promete apenas dar um destino rentável para o lixo, como também reduzir em 75% as emissões de gás carbônico (quando comparado com as emissões com o uso da gasolina). Em breve a empresa estima produzir 7 milhões de litros de etanol por ano usando 90.000 toneladas de lixo.

Técnicas semelhantes já estão sendo usadas em Estocolmo, na Suécia, onde metade da frota de ônibus municipal circula com combustível gerado a partir do lixo orgânico e esgoto.

Tinta de isopor, sim!

Nesse mundo de inovações no tratamento de resíduos não existem apenas boas ideias estrangeiras. Como exemplo de inovação brasileira no tratamento de resíduos, temos a Universidade Federal do Rio Grande do Sul. A UFRS tem realizado pesquisas para transformar isopor em solventes utilizados em tinta.

O poliestireno expandido (EPS), popularmente conhecido pela marca Isopor, é de difícil decomposição quando submetidos a condições naturais do ambiente. Por isso a inovação traz um grande potencial de ganho ambiental.

O acúmulo de isopor podem causar diversos prejuízos ambientais. Além é claro de gerar custos com sua destinação final, com aterros especiais, que são exigidos pela Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/2001).

Para tentar amenizar esse quadro, duas alunas de engenharia química no Rio Grande do Sul buscaram uma solução inovadora: transformar em um novo produto um material amplamente utilizado e descartado, mas pouco reciclável.

Com a tinta desenvolvida, um volume muito grande de Isopor se converte em um filme fino de tinta.

Outra inovação, desse produto com patente brasileira, é a substituição de solventes comuns, por solventes naturais.

Esses solventes naturais são extraídos da casca de frutas cítricas, e tem a vantagem de serem biodegradável; o que não agride nem o meio ambiente, nem a saúde humana. O que achou da ideia?

Cupom para construir um futuro sustentável

Além de tratamentos de resíduos inovadores, um futuro sustentável será construído pela boa gestão de resíduos. Não adianta ter ótimas ideias para os resíduos se ninguém se mobilizar para fazer a separação do lixo, por exemplo. Não é verdade?

Por isso, uma empresa americana tem apostado na ideia do RecycleBank: Um banco virtual de cupons.

Esses cupons são conquistados por práticas como economia de energia ou reciclagem e valem descontos em lojas que assumiram um compromisso socioambiental.

Em alguns casos, é utilizada uma tecnologia que o MIT acredita que será rotina em nosso futuro: A utilização de chips biodegradáveis, que acompanham todo o ciclo de vida do produto.

Esse tipo de tecnologia com certeza será um grande ganho para a conscientização e ampliação de práticas de logística reversa. Atualmente o serviço de cupons ecológicos está disponível somente nos Estados Unidos e no Reino Unido.

Ficção ou realidade?

Outra tecnologia que promete estar presente no nosso futuro é um “botão milagroso” que parece ter sido tirada de filmes de espiões; onde mensagens são autodestruídas em segundos.

Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, criaram um mecanismo de autodestruição, que faz com que os aparelhos desapareçam quase instantaneamente - o “botão” de autodestruição pode ser acionado por calor ou por controle remoto. Essa poderia ser uma ideia para lixos tecnológicos?

A Era Digital: o poder da conexão

A Era Digital: o poder da conexão

Outra linha de tecnologia e inovação no tratamento de resíduos que revolucionou a forma de fazer gestão de resíduos é a de tecnologia da informação.

A integração de software e hardware de gestão de resíduos permitem um completo monitoramento sobre os resíduos gerados. Desde a sua geração até a disposição ambientalmente correta.

Os softwares de gestão permitem registrar todas as informações pertinentes à gestão de resíduos, identificando os envolvidos em cada etapa e otimizando processos como a solicitação de coleta, elaboração de rotas, emissão de documentos, elaboração de relatórios, etc. Tudo isso otimiza a operação, reduzindo custos e tempo.

O software de gestão da VG Resíduos permite que as empresas gerenciem e reduzam seus resíduos, garantam conformidade ambiental e aprimorem seu desempenho ambiental.

A solução da VG Resíduos é um software excelente para atender às necessidades da organização relacionadas à gestão dos resíduos gerados, armazenados, transportados, tratados e que recebem a disposição final.

Através do software online a empresa tem acesso a um mecanismo automático, que gerencia o ciclo de vida completo dos resíduos, iniciando na sua geração até chegar em sua disposição final.

A solução VG Resíduos facilita o cumprimento dos regulamentos ambientais através da padronização e organização de toda a documentação.

Também, através do software online, são gerados automaticamente formulários para coleta de registros de todos os dados essenciais de cada tipo de resíduo, como: destinadores, transportadores, unidades geradoras, etc.

Sendo assim, se sua empresa ainda não utiliza tecnologia e inovação no tratamento de resíduos, corra! Ela está ficando no passado. O primeiro passo, para atender a nova tendência do mercado, é conquistar a certificação ISO 14001. O segundo passo é buscar novas tecnologias e alternativas para o “problema dos resíduos” vivarem solução. Para que seus riscos e passivos ambientais se tornem oportunidade.

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