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21 Setembro
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Entenda a diferença entre resíduos inertes e não inertes

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Você sabe a diferença entre resíduos inertes e não inertes? Os resíduos inertes são um tipo de material que quando em contato com água... Saiba mais!
Entenda a diferença entre resíduos inertes e não inertes

Você sabe a diferença entre resíduos inertes e não inertes? Os resíduos inertes são um tipo de material que quando em contato com água, não sofrem transformações físicas, químicas ou biológicas, mantendo-se inalterados por um longo período de tempo. Já os resíduos não inertes são os que não se apresentam como inflamáveis, corrosivos, tóxicos, patogênicos, e nem possuem tendência a sofrer uma reação química. Os materiais desta classe podem apresentar propriedades biodegradáveis, comburentes ou solúveis em água. Neste artigo você entenderá melhor sobre as diferenças entre as duas classes. Confira!

A norma NBR 10004/, da ABNT, é que dispõe sobre a classificação dos resíduos sólidos quanto aos seus riscos potenciais ao meio ambiente e à saúde pública para que sejam gerenciados adequadamente. A classificação se baseia nas características dos resíduos perigosos, inertes e não inertes.

Veja abaixo o que abordaremos neste artigo:

  • o que é a NBR 10.004
  • classificação dos resíduos sólidos
  • o que são resíduos inertes
  • o que são resíduos não inertes
  • resíduos Classe I – perigosos
  • a geração de resíduos inertes na construção civil
  • o gerenciamento dos resíduos inertes e não inertes através do SGA
  • o gerenciamento dos resíduos inertes e não inertes através da VG Resíduos

Leia também: Qual a forma mais indicada para destinação dos resíduos inertes?

O que é a NBR 10.004?

A NBR 10.004 é uma norma da ABNT que estabelece os critérios para classificação dos resíduos sólidos quanto aos seus riscos potenciais ao meio ambiente e a saúde do homem.

Também, estabelece os códigos para a identificação dos resíduos de acordo com suas características.

Esta norma é muito importante, uma vez que muitas empresas têm dificuldade no processo de gerenciamento adequado de resíduos devido a enorme quantidade gerada e a sua composição.

Pela NBR 10.004 o gestor ambiental encontrará as definições necessárias para fazer a classificação dos resíduos gerados já na fonte geradora.

A norma determina os principais aspectos físico-químico-biológico de uma massa de resíduos. Através da norma teremos um panorama sobre quais os principais impactos ambientais que os resíduos podem gerar.

Com a classificação podemos determinar qual o correto gerenciamento destes resíduos – coleta, transporte e destinação final.

Além de ser referência para a classificação dos resíduos pelas organizações é, também, referência para órgãos reguladores. Pois através da norma esses órgãos atuarão na fiscalização da coleta, transporte, armazenamento e descarte de cada tipo de resíduo.

Classificação dos resíduos sólidos

A NBR 10.004 define a classificação de resíduos como sendo um processo que envolve a identificação do processo ou atividade que lhes deu origem, além de seus constituintes e características com listagens de resíduos e substâncias cujo impacto à saúde e ao meio ambiente é conhecido.

Primeiramente, realiza a caracterização dos resíduos sólidos, com base na norma NBR 10004/04. A caracterização se baseia nos aspectos físico-químicos, biológicos, qualitativo e/ou quantitativo das amostras.

De acordo com a caracterização, promove a classificação para auxiliar na escolha correta da destinação do mesmo. Com esses processos bem executados cumpre-se a Lei 12.305/2010, da Política Nacional dos Resíduos Sólidos (PNRS).

Após a caracterização dos resíduos sólidos, é realizada a classificação que envolve a identificação da atividade que gerou determinado resíduo, além dos constituintes e características.

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O que são resíduos Inertes?

Os resíduos inertes, ou Classe II B, são um tipo de material que quando em contato com água, não sofrem transformações físicas, químicas ou biológicas, mantendo-se inalterados por um longo período de tempo.

Os resíduos inertes se mostram indiferentes ao contato com a água destilada ou deionizada, quando expostos à temperatura média dos espaços exteriores dos locais onde foram produzidos.

Alguns exemplos de resíduos inertes são os entulhos de demolição, pedras, areia e sucata de ferro. Esses materiais possuem a característica de não se decomporem e sofrerem qualquer alteração em sua composição com o passar do tempo.

Esses resíduos podem ser dispostos em aterros sanitários e até mesmo reciclados. Não poluem porque não alteram o solo e nem as águas, tendo em vista que quando em contato com ambos não são liberadas substâncias que prejudiquem o meio ambiente.

Saiba mais: Tudo que você precisa saber sobre resíduos de Classe IIA e IIB

O que são resíduos não inertes?

Os resíduos não inertes, Classe II A, são os resíduos que não se apresentam como inflamáveis, corrosivos, tóxicos, patogênicos, e nem possuem tendência a sofrer uma reação química.

Os materiais desta classe podem apresentar propriedades biodegradáveis, comburentes ou solúveis em água.

Não podemos afirmar que esses resíduos não apresentam risco ao meio ambiente e a saúde do homem. Pois todo, e qualquer resíduo, quando não destinado de forma correta tem potencial para gerar sérios danos ambientais.

São resíduos com as mais variadas formas, que mesmo não tendo capacidade de destruição ou contaminação, podem sujar o solo, rios e atmosfera. Eles podem ser tratados, e também podem ficar inativos por muito tempo.

Esses resíduos podem ser solúveis em água, mas também podem ser capazes de pegar fogo, tendo capacidade de combustão. Geralmente, tem características semelhantes aos do lixo doméstico.

Alguns exemplos de resíduos classificados como classe IIA.

  • restos orgânicos da indústria alimentícia (restos de alimentos);
  • restos de madeira;
  • materiais têxteis;
  • fibras de vidro;
  • lodo vindo de filtros;
  • limalha de ferro;
  • lama proveniente de sistemas de tratamento de água;
  • poliuretano (presente em espumas, adesivos, preservativos, vedações, carpetes, tintas e mais);
  • gessos;
  • lixas;
  • discos de corte;
  • Equipamentos de Proteção Individual, desde que não contaminado (inclui uniformes e botas de borracha, prensas, vidros e outros).

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Gestão ambiental

Resíduos Classe I – Perigosos

Os resíduos considerados perigosos são aqueles que têm características que podem colocar em risco as pessoas que os manipulam ou que tem contato com o resíduo perigoso.

Para um resíduo ser considerado perigoso, esses devem apresentar pelo menos uma das características a seguir: inflamabilidade, corrosividade, toxicidade, reatividade e/ou patogenicidade.

A NBR 10004/04 aponta critérios específicos para o profissional capacitado classifique e avalie cada propriedade dos resíduos, de maneira que, se enquadrados como perigosos, sejam tomadas as devidas providencias para ter mais cuidado com o transporte e a correta destinação desses materiais.

São considerados resíduos perigosos:

  • restos de tinta (são inflamáveis, podem ser tóxicas);
  • material hospitalar (são patogênicos);
  • produtos químicos (podem ser tóxicos, reativos ou corrosivos);
  • produtos radioativos;
  • lâmpadas fluorescentes;
  • pilhas e baterias (têm vários metais em sua composição que podem ser corrosivos, reativos e tóxicos dependendo do ambiente).

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A geração de resíduos inertes na construção civil

Entenda a diferença entre resíduos inertes e não inertes

O setor da construção civil é responsável pela geração de uma grande quantidade de resíduos inertes. Esse tipo de resíduo provoca um grande impacto ao meio ambiente e a sociedade quando não é destinado de forma correta.

Um estudo promovido pelo International Council for Research and Innovation in Building and Construction (CIB), que gerou a “Agenda 21 para a Construção Sustentável”, indica a construção civil como um setor de grande importância para alcançar a sustentabilidade.

Os impactos negativos da construção civil vão desde o consumo dos recursos naturais e modificação da paisagem, até a geração de resíduos. Esses impactos comprometem não só o equilíbrio do meio ambiente, mas também os princípios sanitários das cidades.

Nos impactos causados pelo consumo de recursos naturais, estima-se que a cadeia de ações da construção civil seja responsável pelo consumo de cerca de 50% (cinquenta por cento) de todos os recursos naturais disponíveis, renováveis e não renováveis.

Com relação à geração de resíduos, no Brasil, os resíduos da construção civil são responsáveis por mais da metade do volume de resíduos sólidos gerados em meio urbano.

Nota-se que esse grande volume deve-se ao fato de que praticamente todas as atividades desenvolvidas no setor são geradoras de entulho.

No Brasil, em análise sobre as características de “cidades sustentáveis”, o setor da construção civil foi indicada como um dos setores que mais precisa de aperfeiçoamento e gerenciamento.

O gerenciamento dos resíduos inertes e não inertes através do Sistema de Gestão Ambiental

É de conhecimento que o empreendimento que não cumpre com as exigências legais está sujeito às autuações de instituições como o IBAMA, órgão fiscalizador estadual, Ministério Público, Prefeitura e Polícia Ambiental, arriscando-se a arcar com medidas severas, ou até mesmo paralisação das atividades. Pode ainda ser alvo de denúncias por parte de comunidades do entorno.

Com a implantação da norma ISO 14001 em sua nova versão 2015, uma das etapas será o gerenciamento de resíduos sólidos, visando assim:

  • eliminação da geração: através de mudanças tecnológicas, substituição de matérias primas ambientalmente corretas, e insumos;

  • tratamento: aplicação de processos físicos, químicos, térmicos;

  • reaproveitamento: reutilização, recuperação como subproduto, reciclagem ou devolução do fornecedor;

  • disposição adequada em aterros sanitários e industriais;

  • diminuição da geração através de melhorias no processo e otimização da operação.

O gerenciamento de resíduos consiste em classificar, quantificar, indicar formas corretas para segregação e identificação da origem, dos resíduos gerados por: área/unidade/setor industrial. Para isso, deve-se implantar a NBR 10004, dentro da Norma ISO 14001 2015.

Para o cumprimento de toda legislação nos âmbitos federal, estadual e municipal, a certificação ISO 14001 2015 tem um processo com cinco etapas: solicitação do registro, revisão da documentação do Sistema de Gestão Ambiental, diagnóstico do local, auditoria ISO 14001, e, finalmente a certificação.

O gerenciamento dos resíduos inertes e não inertes através da VG Resíduos

O software especializado em gestão de resíduos da VG Resíduos permite que as empresas gerenciem e reduzam seus resíduos, garantam conformidade ambiental e aprimorem seu desempenho ambiental. O sistema, através de um mecanismo automático, gerencia o ciclo de vida dos resíduos, desde a sua geração, armazenamento, transporte, até chegar à sua disposição final.

O VG Resíduos permite:

  • o controle total de todos os processos de gestão de resíduos
  • a agilidade na emissão dos documentos
  • a redução de custos
  • a segurança dos dados
  • o controle de documentos

Portanto, os resíduos inertes são aqueles que quando em contato com água, não sofrem transformações físicas, químicas ou biológicas, mantendo-se inalterados por um longo período de tempo. Já os resíduos não inertes são os que não se apresentam como inflamáveis, corrosivos, tóxicos, patogênicos, e nem possuem tendência a sofrer uma reação química.

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